Chorar é fazer lobby

Chorar é um tipo de lobby. E a democracia moderna é baseada na ação de lobbies. Quando os ricos e poderosos choram, mesmo que sem razão, o choro ganha manchetes, repercute em todos os jornais. Quando os desfavorecidos choram, eles não são levados a sério. Não saem manchetes.

A mesma coisa acontece no futebol, onde os times mais ricos e mais beneficiados pelos “critérios” de arbitragem, Palmeiras e Flamengo, fazem um chororô ensurdecedor nas raras vezes em que são prejudicados.

A diferença é que a choradeira de Palmeiras e Flamengo nunca é chamada de chororô. Nem a dos outros 17 clubes da série A. Chororô só quem faz é o Botafogo.

Neste brasileiro, o Palmeiras foi beneficiado no jogo contra o Vasco, quando o juiz anulou um gol anotando impedimento no lance anterior ao do gol cruz-maltino. Vários árbitros e jornalistas disseram que naquela situação outro lance havia sido iniciado e a anulação do gol foi incorreta.

Mas a falta que precedeu o segundo gol do Flamengo, que o narrador do jogo denunciou, não foi critério para anular o gol, apesar de ter iniciado o lance do gol.

O mesmo Palmeiras fez um chororô estridente, com protestos oficiais e tudo, no jogo contra o Atlético Paranaense, porque o juizão deu pênalti para o Palmeiras sem expulsar o zagueiro paranaense. O Palmeiras queria vencer o jogo naquele lance, queria um gol e um jogador a mais. A expulsão seria justa, reconheço, mas poucos árbitros dariam o pênalti e a expulsão.


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