
Se foi previsto, por que mata tanto?
Prevenir tragédia não é só levar informações de meteorologia, afirma José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden. Somente no Rio Grande do Sul, foram 22 mortes confirmadas até ontem, 15 delas no município de Muçum, região central do estado.
Santa Catarina, por exemplo, tem uma Defesa Civil que está preparada. Ela foi informada. Os problemas não ocorrem só pela falta de informação, mas mais pela falta de percepção de que um desastre pode acontecer.
José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden
Muitas vezes as defesas civis alertam para que as pessoas deixem as casas, mas elas não têm rota de fuga ou não têm para onde ir. Tem muita coisa que precisa ser melhorada, e o Brasil precisa se preparar para esses eventos. Tem de ser dialogado entre Poderes para se construir uma política de redução de risco de desastre.
José Marengo

Eventos extremos já são responsáveis pela migração climática forçada e devem crescer ainda mais no Brasil, caso não seja adotada uma política específica, comenta o pesquisador Humberto Barbosa, coordenador do Lapis (Laboratório de Processamento de Imagens de Satélite da Universidade Federal de Alagoas). Ele afirma que já existem tecnologias de monitoramento eficientes no país, mas para enfrentar os problemas é preciso ir além.
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