Maior aumento de preços no mês veio do grupo habitação, puxado principalmente pelos custos da energia elétrica
Rio – O IPCA-15, prévia da inflação oficial do Brasil, registrou alta de 0,28% em agosto, após ter recuado 0,07% em julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 25, pelo IBGE. O número ficou um pouco acima do esperado pelo mercado, de 0,16%, segundo analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. Com esse resultado, o IPCA-15 acumula aumento de 3,38% no ano. A taxa em 12 meses passou para 4,24% – no mês passado, esse índice estava em 3,19%.
De acordo com o IBGE, dos nove grupos pesquisados, sete registraram alta em agosto. A maior variação (1,08%) veio de Habitação. Também apresentaram alta os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%), segundo o instituto. Entre as quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,65%). Os demais grupos ficaram entre a queda de Vestuário (-0,03%) e as altas de Transportes (0,23%) e Despesas pessoais (0,60%).
De acordo com o banco BV, um dado negativo no indicador de agosto foi o aumento da difusão (o número de itens pesquisados que registraram aumento de preço no mês). Pelos cálculos do banco, esse índice atingiu 50,95% em agosto, ante 47,96% em julho.
No grupo Habitação, segundo o IBGE, destaca-se a alta da energia elétrica residencial (4,59%), “influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior”. Além disso, diz o instituto, reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Curitiba (9,68%), onde o reajuste de 10,66% teve vigência a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.
“Nos Transportes, o resultado foi puxado pela alta nos preços do automóvel novo (2,94%)”, informa o IBGE. “Nos combustíveis (0,46%), houve alta nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%) e quedas no óleo diesel (-0,81%) e etanol (-2,55%). Destaca-se, ainda, a queda de 11,36% nos preços das passagens aéreas, que haviam subido 4,70% em julho.”
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