PIB volta a surpreender, mas há risco de estagnação no 2º semestre

Projeções de crescimento em torno de 3% em 2023 espelham recuo nos níveis de expansão da economia, previstos para o segundo semestre. Seria uma queda, caso se confirme, em relação ao crescimento de 3,4%, em relação ao segundo trimestre de 2022. Efeitos agora mais intensos da política de juros altos, que vigorou até recentemente e ainda permanecem no terreno restritivo para a atividade econômica, colaboram para as previsões de baixo crescimento na segunda metade deste ano.

Retrato da dinâmica da economia, no segundo quarto do ano, revelado pelo IBGE nesta sexta-feira (1º), mostra a influência positiva na alta do PIB do consumo das famílias, que subiu 0,9%, bem acima das projeções. A alta de 0,6%, registrada no setor de serviços, também reflete a expansão mais forte do consumo.

Despesas públicas impulsionam consumo

O desempenho do consumo acima do esperado deriva do aumento nas despesas públicas, que subiram quase 9%, no primeiro semestre deste ano, na comparação com o primeiro semestre de 2022, em combinação com o recuo da inflação e a resistência dos níveis de rendimento no mercado de trabalho. Ênfase na elevação do salário mínimo e dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Diferentemente do ocorrido no primeiro trimestre, quando o extraordinário avanço da agropecuária respondeu sozinho por mais de 80% da variação do PIB, no segundo trimestre, além dos serviços, também a indústria deu contribuição mais relevante para o crescimento. Essa contribuição veio, principalmente, do segmento da indústria extrativa mineral, com destaque para a produção de petróleo.

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