Silas aponta James Rodríguez e Lucas como diferenciais do time tricolor, enquanto que William Capita lembra que o goleiro Cássio se acostumou a crescer em decisões
16 ago
2023
– 03h11
(atualizado às 03h11)
De um lado, o São Paulo tem James Rodrigues e Lucas Moura e a torcida, que vai lotar o Morumbi. Do outro, o Corinthians vem embalado, há 11 jogos sem perder, conta com o talento de Renato Augusto e está em vantagem no confronto eliminatório do qual sairá o primeiro finalista da Copa do Brasil. Mas o que vai decidir o clássico desta quarta-feira?
O Estadão ouviu dois ex-jogadores de São Paulo e Corinthians de diferentes épocas. Revelado pelo São Paulo o ex-meio-campista Paulo Silas, hoje comentarista dos canais ESPN, acredita que o São Paulo, ainda que tenha de vencer por dois gols de diferença, tem ligeiro favoritismo.
“O São Paulo tem 55% e o Corinthians, 45%, porque o jogo é no Morumbi e também pelas contratações do James e do Lucas”, justificou Silas, ex-integrante dos “Menudos de Cilinho” na década de 1980. Ele formou, com Muller e Sidney, um trio conhecido no São Paulo, pelo qual foi campeão brasileiro em 1986 e paulista em 1985 e 1987.
Os mais importantes trunfos do São Paulo, na opinião de Silas, são James Rodríguez e Lucas, dois atletas capazes de desequilibrar e desenrolar um jogo difícil. “O James entrando e o Lucas começando podem, sim desequilibrar a favor do São Paulo. Isso sem o Luciano”, diz, citando o camisa 10, suspenso pelo acúmulo de cartões amarelos.
Cria da base são-paulina, como Silas, Lucas será titular no ataque na vaga de Luciano. Já James começará o clássico no banco. A tendência é de que entre no decorrer da partida para tentar desmontar a defesa corintiana, que se estruturou nos últimos jogos e tem levado menos gols.
“O Corinthians tem uma defesa experiente. Não vejo fragilidade no time, mesmo sem o Roger Guedes”, opina Silas, que defendeu a seleção brasileira nas Copas de 86 e 90. Ele entende que o leve favoritismo trocará de lado caso o jogo seja decidido nos pênaltis.
“O São Paulo pode até ser favorito para ganhar o jogo, mas se ganha de 1 a 0 ou 2 a 1, acredito que o favoritismo se inverteria por causa do Cássio, que é mais experiente e está acostumado a pegar pênaltis”, justifica.
Capitão do tri da Copa do Brasil
O Corinthians conquistou a Copa do Brasil pela última vez em 2009 – já havia ganhado em 1995 e 2002. Foi o ex-zagueiro William, como capitão daquele time, o responsável por erguer a taça. Hoje assessor de investimentos, ele lembra de outro diferencial do time alvinegro. “O Cássio já deu inúmeras mostras de que cresce em decisões”, destaca.
“A confiança do grupo também ajuda. A forma como o Luxemburgo vem construindo o time, apesar do pouco tempo, ajuda com os resultados contribuindo, sabendo de suas limitações e de seus pontos fortes”, acrescenta o ex-zagueiro, que defendeu o Corinthians entre 2008 e 2010 e se aposentou na equipe.
Conhecido pela sobriedade e segurança quando jogava, William enfrentou o São Paulo muitas vezes no Morumbi. Por isso, sabe como o time tricolor se fortalece diante de sua torcida. Mas também considera que o Corinthians, se tiver inteligência, pode fazer com que a ambiente passe a lhe ser favorável.
“A atmosfera é favorável ao São Paulo, mas ao mesmo tempo pode pressionar muito o São Paulo e é algo que o Corinthians, com inteligência, pode explorar”.
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