Até que o escritor Ignácio de Loyola Brandão, filho ilustre da região, passou pela vila que visitava uma vez por mês, quando criança, e experimentou uma epifania. Proust não fez tanto pela fama de suas madeleines quanto fez Loyola pelas coxinhas douradas de Bueno de Andrada.
Como uma lembrança da infância, ele salivava ao descrever, em sua coluna no Estadão, em março de 2001, o salgado de massa de batata saborosa, crocante, com recheio generoso de frango desfiado e bem temperado.
A crônica de Loyola, afixada em uma parede, cobriu o desconhecido botequim de credibilidade e o transformou em ponto turístico. (Vocês acham que a Casa do Porco tem muita fila no fim de semana? É porque nunca passou por Bueno aos domingos).
Mais de 20 anos se passaram desde aquela crônica, a melhor propaganda que um estabelecimento poderia receber (de graça, inclusive).
Os formadores de opinião estavam nos jornais e tinham autoridade para transformar uma localidade esquecida em point gastronômico.
Hoje o que não falta é influencer disposto a emprestar credibilidade em postagens pagas e direcionadas a seus milhões de seguidores. Bueno de Andrada, uma vila nada instagramável que Loyola comparava à Toscana, talvez não fosse o que é hoje em tempos de publi no TitTok ou no Instagram.
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