Já existem alguns modelos de coração artificial, usados em seres humanos há algumas décadas. São dispositivos de refinada tecnologia, produzidos por cientistas e indústrias norte-americanas e europeias. Esses dispositivos são muito caros, pouco acessíveis no Brasil e acabam sendo utilizados por pouquíssimos pacientes brasileiros com insuficiência cardíaca avançada.
Há necessidade de desenvolver modelos de coração artificial que possam ser empregados em maior escala na América Latina, sobretudo no Brasil. Esse tipo de dispositivo de assistência ao coração doente poderia funcionar como uma terapia de destino, ou seja, ser conectado cirurgicamente ao coração doente e assim permanecer de forma permanente, ou como terapia chamada de “ponte para transplante”, quando seu uso é restrito ao período que antecede o transplante cardíaco.
Um coração artificial, como já comentado, necessita ser implantado cirurgicamente, sendo que as conexões desse dispositivo são costuradas ao músculo do coração e também às grandes artérias do coração, como aorta. Feito isto, esse sistema artificial é controlado por um conjunto eletromecânico, preso à cintura do paciente ou transportado dentro de uma mochila ou um carrinho.
Os grandes desafios relacionados a um coração artificial, além do elevado custo de produção, seriam o tamanho do dispositivo, o barulho que ele faz, o risco de sangramento ou de trombose, o risco de infecção e os incômodos de se ter uma “máquina” acoplada em seu corpo, em situações como uso do vaso sanitário e tomar banho.
A grande maioria dos dispositivos de coração artificial auxilia o coração doente, mas não o substitui de forma completa. Porém, nos últimos anos, a indústria desenvolveu alguns modelos de substituição total, ou seja, o coração doente seria removido do corpo e substituído por uma máquina, capaz de executar plenamente as funções do coração. Esse tipo de dispositivo de substituição total ainda é uma enorme novidade, carece de mais pesquisas e evidências quanto aos seus feitos num seguimento mais longo.
Pulmão artificial e diagnóstico tardio
O coração e os pulmões são órgãos “irmãos”, conectados anatomicamente e dependentes um do outro no que tange à parte funcional. Dessa forma, a insuficiência de um desses dois órgãos pode exigir um suporte artificial para ambos. Em outras palavras, pode ser necessário que o paciente receba simultaneamente um coração artificial e um pulmão artificial.
#Você #sabe #coração #artificial #Aparelho #pouco #acessível #Brasil